Muitos aspirantes, e até mesmo contadores experientes, perguntam-se como iniciar uma determinada história, ou como fazemos a introdução da contação de histórias que contamos..
Uma expressão das mais conhecidas e usadas para se iniciar principalmente os contos de fadas, prepara o público para uma narrativa fora do mundo objetivo, abrindo um portal no tempo “Era” em que as ações prestes a acontecer “uma vez” se ligarão a imaginação, desejos e sentimentos do ouvinte que anseia pela revelação da próxima palavra. Outras frases de efeitos são usadas dependendo da história, das circunstâncias, ou do público.
Porém apenas uma frase de efeito, como o clássico “era uma vez” muitas vezes não será a forma mais eficaz, dependendo de acertos aspectos do evento.
Das várias dificuldades que sempre apontam durante uma contação de histórias estão:
• Concentração inicial das crianças;
• Foco das crianças na história proposta;
• Acústica do espaço;
• Limitações do espaço cênico;
• Faixas etárias abrangentes na mesma sessão;
• Interferências das crianças no meio das histórias;
• Interferências ambientais durante a história.
Alguns ainda nos relatam alguma “resistência” de parte do público quando se anuncia qual a história será contada. Outros que a plateia, depois de alguns minutos, fica inquieta.
Vou abordar os temas ligados à inicialização da história, com atividades de introdução, outras preocupações serão assuntos de aulas futuras.
Ora, não existe uma forma mágica, que se aplique a todas as narrativas. Cada uma terá sua própria maneira de iniciar, tanto em relação à própria história, quanto em relação ao “estilo” do contador.
Na verdade, a busca de uma atividade, ou procedimento, com a finalidade de ativar o interesse e a concentração das crianças deverá passar por uma escolha pessoal, através de experimentação individual de cada contador. Relatarei aqui técnicas pessoais que têm se mostrado eficientes até então.
Encontrar uma forma pessoal de iniciar a história será de muita valia, tanto para as crianças, quanto para o contador. Além de auxiliá-lo na obtenção da concentração e aceitação da história, essa “introdução” servira como um “ritual” pessoal do contador, dando-lhe sua própria concentração e domínio sobre a plateia. Boa parte do sucesso da narrativa advém de uma boa introdução.
Músicas, cantigas e dinâmicas são muito usadas nos instantes que precedem a narração de histórias, sendo, assim, uma das melhores formas de introdução da contação de história. Vários contadores, que também cantam, ou tocam algum instrumento, criam sua própria marca registrada, construindo um momento único, particular e personalizado para iniciar suas contações. Enquanto uns puxam cantigas de autoria própria para certo conto, ou repetem uma que anuncia o personagem contador de história, outros investem em brincadeiras temáticas para desembarcar na história. Essa dinâmica desenha o perfil de cada artista e anuncia a história de forma exclusiva para a plateia. Achar a sua própria assinatura é a o que um contador busca ao longo da sua trajetória.
No meu caso, tenho algumas músicas instrumentais e outras cantadas que criei para a introdução da contação de história de acordo com faixa etárias e tipo de espaço, usada principalmente em escolas e espaços amplos. A seguir, um trecho de uma música de minha autoria que criei especificamente para abrir um dos meus espetáculos:
Gaita: José Robson. Violão e voz: Mayara Nascimento. Percussão: Memeu Cabral – Escola Municipal – Cidade Ilhabela, SP
Ao final da aula, mais informações para a criação do plano de uma contação de história. Os detalhes, tais como texto, formato e como enviar para sua avaliação final estarão na “rota de aprendizagem” .(os exercícios, plano de aula e vídeos são exclusivos para alunos do curso.)
O Artigo acima faz parte integral do “Curso de Contação de Histórias” da Cia ArtePalco. Não pode ser reproduzido, copiado, ou utilizado sem prévia autorização.
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