As infâncias estão divididas em três fases, segundo Piaget. Há alguns psicólogos, ou profissionais de educação física que dividem apenas em duas as fases. Para nosso estudo, assumiremos três fases distintas: a 1ª , 2ª e 3ª infância.
Cada criança responde aos estímulos a sua volta de forma única, de acordo com diversos fatores de desenvolvimento psicomotor e neurossensorial, que estão em processo de maturação ao longo das fases evolutivas da sua existência. Neste contexto, cada fase pode ser estudada e mensurada a partir de algumas respostas e observações comuns a faixas etárias específicas: equilíbrio, fala, cognição. Para facilitar e mesmo dar parâmetros a cada aspecto desse desenvolvimento, convencionou-se dividir as fases em “infâncias”: primeira, segunda e terceira. Em cada uma das infâncias certos comportamentos e fisiologia são importantes indicativos da sua evolução e merece nossa atenção.
Antes de pensarmos em o que iremos contar para elas, devemos compreender sobre tudo o que necessitam em cada fase etária para fortalecer e auxiliar seu desenvolvimento. Assim, contaremos o que elas necessitam ouvir, não o que desejamos que elas ouvissem. Os temas, palavras, ritmos e formas serão escolhidos com cuidado e especificamente para cada momento, não impostos para acelerar sua maturidade, o que, muitas das vezes, nem fisiológica, nem cognitiva, nem emocionalmente estão preparadas.
Veja, se pensarmos que os contadores de histórias populares jamais usaram desse conhecimento, contando seus causos e contos indistintamente, sem qualquer prejuízo cultural, nem de aprendizagem, muito menos sobre aspectos comportamentais, podemos pensar que esse estudo tem, em primeira instância, pouca, ou nenhuma relevância didático-pedagógica. Que pode ser dispensável. No entanto, a freqüência e número de informações e de histórias diferentes que elas são expostas diariamente são seguramente várias vezes maiores que antigamente. Quanto mais estímulos, mais solicitamos reações comportamentais e emotivas de quem as recebem, e se esses estímulos suscitarem respostas de fases diferentes poderá acelerar, ou retardar comportamentos. Logicamente, as histórias fazem parte desses estímulos e concorrem para tal.
A seguir, vamos ler sobre as três fases da infância e ver como a relação do desenvolvimento infantil será importante para a escolha das histórias e outras atividades.
O Artigo acima faz parte integral do “Curso de Contação de Histórias” da Cia ArtePalco. Não pode ser reproduzido, copiado, ou utilizado sem prévia autorização.
INSCREVA-SE: Se deseja participar do curso, inscreva-se em aqui.