Palavras Mágicas – brincadeira para educação infantil

Brincadeiras com as Palavras Magicas na educação infantil

Eba! Vamos brincar com as crianças que existem palavras mágicas? Uma proposta de atividade maravilhosa para a educação infantil. Além de se divertirem, vão usar as palavras mágicas num jogo educativo para estimular o respeito individual e coletivo do grupo. Essa proposta faz parte de “Brincadeiras com Histórias

Objetivos:

  • Promover a socialização, a amizade, a solidariedade, o amor e a união.
  • Fortalecer os vínculos afetivos e encorajar a comunicação respeitosa.
  • Desenvolver habilidades linguísticas e cognitivas.

Fundamentação Pedagógica: Baseando-se na BNCC, esta atividade visa proporcionar às crianças oportunidades diárias de participar de atividades que estimulem a amizade, a solidariedade e o amor, fortalecendo vínculos afetivos​​. Utilizando “palavras mágicas”, a atividade incentiva atitudes afetivas, transformando interações agressivas ou egocêntricas em uma convivência harmoniosa e saudável​​.

Aplicação Educacional: A atividade oferece uma maneira lúdica de integrar o desenvolvimento da linguagem, do respeito mútuo e da empatia no currículo, alinhada aos objetivos da BNCC.

Instruções de Como Jogar:

  1. Preparação:
    • Defina “palavras mágicas” como “por favor”, “obrigado”, “desculpe”, “com licença”.
    • Prepare um conjunto de cartas com estas palavras, junto com imagens que representem situações do dia a dia.
  2. Início do Jogo:
    • Reúna as crianças em círculo.
    • Explique o conceito das “palavras mágicas” e como elas podem transformar nosso dia e nossas relações.
  3. Desenvolvimento do Jogo:
    • Distribua as cartas aleatoriamente entre as crianças.
    • Cada criança, por vez, escolhe uma carta e descreve a situação nela ilustrada, usando uma “palavra mágica” apropriada.
    • O adulto pode “relembrar” situações já vivenciadas pelo grupo em que aquela palavra poderia ter sido usada.
  4. Variação para Idades e Números de Crianças:
    • Para crianças menores (3-4 anos), use imagens mais simples e encoraje a repetição das “palavras mágicas”.
    • Com grupos maiores, promova atividades em duplas ou pequenos grupos, onde as crianças podem criar pequenas histórias ou diálogos usando as “palavras mágicas”.
    • Para crianças maiores (5-6 anos), introduza situações mais complexas e encoraje a discussão sobre por que certas palavras são importantes em diferentes contextos.
  5. Conclusão e Reflexão:
    • Ao final do jogo, promova uma conversa sobre como se sentiram usando as “palavras mágicas”.
    • Discuta como essas palavras podem influenciar as relações com amigos e familiares.

Considerações Adicionais:

  • Incentive a participação ativa de todas as crianças, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento linguístico e cognitivo.
  • Utilize a atividade para abordar temas como empatia, respeito e diversidade.
  • Inclua momentos de feedback e reflexão para reforçar os aprendizados.
  • Adapte as situações das cartas de acordo com as experiências culturais e sociais das crianças.

Esta brincadeira não só alinha-se com os objetivos da BNCC, mas também permite que as crianças desenvolvam habilidades socioemocionais e de linguagem de maneira divertida e interativa​​.

CARTÕES: Palavras Mágicas para o dia a dia na educação infantil

Você pode “clicar” sobre cada imagem, salvar e depois imprimir para usar no jogo das palavrinhas mágicas.

ALTERNATIVA DE JOGO: Se desejar, também pode imprimir duas cartas de cada uma para usar como “Jogo da Memória das Palavrinhas Mágicas”, colocando todas as cartas viradas para baixo, e suas cópias, enfileiradas em grupos de 4, ou 5 colunas. Assim, abre-se uma carta e a criança deve descobrir onde está a carta igual. Não descobrindo, as duas cartas são novamente viradas para baixo e recomeça com uma nova criança.

História: “O Convite Extraviado e a Festa Mágica”

Era uma vez, em uma pequena cidade, uma menina chamada Ana. Ela estava muito animada para a sua festa de aniversário e decidiu convidar todos os seus amigos da escola. Ana preparou os convites com muito cuidado, decorando cada um deles com brilhos e cores vibrantes.

No dia seguinte, ela entregou os convites na escola, mas, sem perceber, esqueceu de entregar um deles. O convite que faltava era para Lucas, um menino tímido que sentava no fundo da sala. Lucas ficou triste ao ver que todos os seus amigos haviam recebido um convite, menos ele.

A professora, percebendo a situação, decidiu contar uma história especial para a classe, inspirada na “Bela Adormecida”, mas com uma reviravolta.

“Na história da Bela Adormecida, um convite foi extraviado e isso causou muita tristeza. Assim como na nossa história aqui, onde o convite de Lucas se perdeu,” disse a professora.

Ela continuou: “Mas sabem, crianças, às vezes, palavras mágicas podem consertar corações partidos e criar amizades eternas. Palavras como ‘desculpe’, ‘por favor’ e ‘obrigado’ são mais poderosas do que qualquer feitiço.”

Ana, ouvindo a história, percebeu seu erro e se sentiu mal por ter esquecido de Lucas. Ela se levantou e, com uma voz suave, disse: “Lucas, eu sinto muito por ter esquecido de te entregar o convite. Você vem à minha festa, por favor?”

Lucas sorriu e aceitou o convite, dizendo “Obrigado, Ana. Eu adoraria ir à sua festa.”

A professora sorriu e disse: “Vejam só, crianças, como as palavras mágicas podem transformar nosso dia e nossos relacionamentos. Vamos usar essas palavras todos os dias para tornar nosso mundo um lugar mais feliz e amigável.”

No dia da festa, todos se divertiram muito, e Lucas e Ana tornaram-se grandes amigos. A festa foi cheia de risadas, brincadeiras e, claro, muitas palavras mágicas.

E assim, a história da “Festa Mágica” de Ana se tornou uma lição valiosa para todas as crianças, lembrando-as do poder das palavras gentis e da importância de incluir e cuidar de todos ao seu redor.

E todos viveram felizes, compartilhando palavras mágicas e amizade. Fim.

Peça de Teatro de Fantoches: “O Convite Extraviado e a Festa Mágica”

Cenário: Uma sala de aula colorida e, em seguida, uma festa de aniversário animada.

Personagens:

  • Ana (fantoche de menina)
  • Lucas (fantoche de menino)
  • Professora (fantoche de professora)
  • Alunos (vários fantoches de crianças)

Cena 1: A Distribuição dos Convites

Personagens: Ana, Lucas, Alunos.

Rubrica: Ana distribui convites animadamente. Os alunos expressam alegria. Lucas está triste e isolado.

Ana: (Animada) “Espero que todos venham à minha festa!”

Lucas: (Triste, falando baixo) “Não recebi um convite…”

Objetivo da Cena: Estabelecer o conflito do convite esquecido.


Cena 2: A História da Professora

Personagens: Professora, Ana, Lucas, Alunos.

Rubrica: A professora reúne as crianças para contar uma história. Todos escutam atentamente.

Professora: (Voz calorosa) “Hoje, vou contar uma história sobre palavras mágicas e como elas podem consertar erros.”

Objetivo da Cena: Introduzir a ideia de que palavras gentis têm poder.


Cena 3: A Realização de Ana

Personagens: Ana, Lucas.

Rubrica: Ana se levanta e se aproxima de Lucas com um convite.

Ana: (Arrependida) “Lucas, me desculpe por esquecer de você. Você vem à minha festa, por favor?”

Lucas: (Surpreso e feliz) “Obrigado, Ana! Claro que vou!”

Objetivo da Cena: Resolver o conflito e mostrar a importância do pedido de desculpas.


Cena 4: A Festa Mágica

Personagens: Todos.

Rubrica: A cena muda para a festa. Todos estão se divertindo.

Professora: (Narrando) “E na festa, todos usaram palavras mágicas e a alegria reinou.”

Objetivo da Cena: Mostrar a harmonia e alegria resultantes do uso de palavras gentis.


Dicas para Manipuladores Mirins:

  • Expressões Faciais: Use os fantoches para expressar emoções claramente – alegria para Ana ao distribuir convites, tristeza para Lucas, atenção para os alunos durante a história.
  • Vozes: Dê a cada personagem uma voz distinta – uma voz animada para Ana, uma voz suave para Lucas, uma voz calorosa e convidativa para a professora.
  • Movimentos: Faça movimentos suaves e deliberados com os fantoches para simular ações como entregar um convite ou acenar.

Narrador: (Conclusão) “E assim, Ana, Lucas e todos os amigos aprenderam o poder das palavras mágicas e viveram muitos dias felizes.”

Rubrica: O palco escurece lentamente, terminando a peça.

Objetivo Final da Peça: Enfatizar a mensagem de que palavras gentis e inclusão são importantes na construção de amizades e na criação de um ambiente feliz.

Origens das palavras mágicas, de uso social

  1. Obrigado”:
    • Etimologia: Vem do particípio passado do verbo latino “obligare”, que significa “atar”, “vincular”. Na língua portuguesa, a expressão completa originalmente era “fico-lhe obrigado”, indicando um sentimento de estar em dívida ou vinculado por um favor recebido.
    • Origem: A expressão reflete uma visão cultural de reciprocidade e gratidão presente em muitas sociedades.
  2. “Por favor”:
    • Etimologia: A expressão “por favor” deriva da junção da preposição “por” com o substantivo “favor”, que vem do latim “favor”, significando “benevolência” ou “apoio”.
    • Origem: Sua utilização como forma de cortesia para suavizar pedidos é uma prática comum em várias línguas e culturas, refletindo uma norma social de polidez.
  3. “Com licença”:
    • Etimologia: “Licença” vem do latim “licentia”, que significa “permissão”. A expressão “com licença” é usada como uma maneira educada de pedir permissão para passar, interromper ou deixar um lugar.
    • Origem: Assim como “por favor”, o uso de “com licença” para expressar cortesia ao interagir com os outros é uma convenção social presente em muitas culturas.
  4. Desculpe”
    • Origem: Do latim “disculpare”, que significa “isentar de culpa”. É uma forma de pedir perdão ou compreensão por um erro ou incômodo causado.
  5. “Bom dia/Boa tarde/Boa noite”
    • Origem: Saudações que indicam desejo de bem-estar durante diferentes períodos do dia. “Bom” vem do latim “bonus”, significando “bom” ou “benevolente”.
  6. “Olá”
    • Origem: Possui uma origem incerta, mas é utilizada como uma saudação informal.
  7. “Seja bem-vindo”
    • Origem: “Bem-vindo” é uma expressão de hospitalidade, com “bem” vindo do latim “bene” e “vindo” do verbo “vir”.
  8. “Até logo/Até breve”
    • Origem: Frases de despedida com a promessa de reencontro. “Até” vem do latim “ad te”, que significa “a ti”, indicando um futuro encontro.
  9. “Por gentileza”
    • Origem: Similar a “por favor”, mas com ênfase na “gentileza”, que vem do latim “gentilitia”, relacionado a atos nobres ou gentis.
  10. “Me desculpe”
    • Origem: Variação de “desculpe”, também derivada do latim “disculpare”.

Essas expressões são parte integrante da comunicação cotidiana e refletem valores culturais de respeito, cortesia e empatia. Cada uma delas carrega séculos de evolução linguística e cultural, demonstrando como as interações humanas são moldadas tanto pela linguagem quanto pelas normas sociais.

Embora cada uma dessas expressões possa ter uma origem específica, o conceito de usar palavras para expressar respeito e gratidão é universal.

Algumas “palavras mágicas” dos povos originários

Algumas palavras que podem ser consideradas similares em termos de função social ou expressão de cortesia, de três dos povos indígenas mais conhecidos no Brasil:

Povo Tupi-Guarani

  1. “Ani” (Tupi-Guarani): Pode ser usada para pedir permissão ou chamar a atenção, similar a “com licença” ou “olá”.
  2. “Ae” (Tupi-Guarani): Uma saudação, semelhante a “olá”.

Povo Kaingang

  1. “Kanhgág” (Kaingang): Significa “amigo” ou “companheiro”, refletindo um sentimento de camaradagem.
  2. “Kóbrã” (Kaingang): Usado em agradecimentos, similar a “obrigado”.

Povo Yanomami

  1. “Urihi” (Yanomami): Refere-se à “terra” ou “natureza”, mas é usado em contextos que expressam gratidão e respeito pelo ambiente, que pode ser paralelo ao sentimento expresso em “obrigado”.

É importante saber que estas palavras são aproximações e podem variar significativamente em significado e uso dependendo do contexto específico da língua e da cultura. As línguas originárias possuem estruturas e conceitos únicos que refletem as visões de mundo e as práticas sociais de cada povo e seus dialetos. Quer conhecer outras palavras de povos originários? Dá um pulo no site Quimdim.