Segunda Infância

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A segunda infância, segundo Piaget, é marcada pelo domínio da lateralidade, a socialização, a cognição e a percepção de si. A curiosidade é o sinônimo da aprendizagem, da brincadeira, da descoberta… Na segunda infância, também conhecida como “pré-escolar”, que compreende aproximadamente crianças a partir de 3 anos até aproximadamente 6 anos, a criança entra na fase da “imaginação”. O seu pensamento abstrato começa a se desenvolver e seu vocabulário já é rico e variado.

Histórias com diálogo

As histórias com diálogos e personagens, não mais somente na terceira pessoa, ganham importância. Ainda assim, são histórias pequenas, principalmente fábulas, pois que a criança nessa fase se encontra no mundo do “animismo”: tudo tem personalidade e vida para ela. Além disso, é a fase das “perguntas”.

As histórias ainda não podem ser muito longas e na primeira metade da segunda infância, sem muita dramatização, com poucos personagens e enredo simples, como “Os Três Porquinhos”, “A Lebre e a Tartaruga”, pois que elas ainda não distinguem realidade de ficção, sendo facilmente impressionadas e podem mesmo ficar aterrorizadas com algumas imagens, ou personagens. É na primeira metade dessa fase que muitas crianças adquirem medos, fobias e inseguranças. Como exemplo, muitas têm medo da figura do “palhaço”.

Na segunda metade da segunda infância, os limites e a percepção da individualidade são acentuados. Ela percebe-se no espaço e as diferenças entre ela e outras crianças e pessoas, mais ainda está no mundo da imaginação e fantasia. As histórias centradas na “imagem” e na figura do contador, que utiliza diversas ferramentas, como roupas, máscaras, etc., prendem a sua atenção, pois ela acredita que o que se conta é real. Histórias  engraçadas baseadas em artimanhas e esperteza, como o gato de botas e o pequeno polegar são facilmente apreendidas por elas.

Exemplos do que contar

Na primeira metade da 2ª infância  histórias curtas, poucos personagens, animalistas, centradas em figuras, imagens e riqueza sonora e oral. Histórias com repetição, como por exemplo “Os Três Porquinhos” fazem muito sucesso com essas crianças.

Segunda metade da 2ª infância histórias com diálogos, com humor, proezas e esperteza (enganação, equívocos ingênuos, trapaça). Histórias com artimanhas e surpresas são perfeitas, tais como “Chapeuzinho Vermelho” e de “Saci-Pererê”.

O Artigo acima faz parte integral do “Curso de Contação de Histórias” da Cia ArtePalco. Não pode ser reproduzido, copiado, ou utilizado sem prévia autorização.

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