Muito do sucesso da narrativa está em planejar e acertar as marcações e desenvolvimento da narrativa. Ter o domínio do espaço, conhecer a sua dinâmica e “mapear” a disposição do espaço cênico e de extensão dramática, podem emprestar a sessão maior fluidez a narrativa. Saber onde estão cada coisa e recurso que serão necessários antes, durante e pós-apresentação poderá livrar o narrador de algumas a enrascadas e desatenção.
Nas artes cênicas, e mais especificamente, no teatro, o controle e conhecimento de tudo o que está e será preciso para o espetáculo fica no “mapa de palco”.
Mapa de Palco
O mapa de palco é um desenho técnico do palco com a marcação gráfica onde tudo o que deverá estar lá para a apresentação deve ser assinalado. Em alguns casos, existe mapa de palco e mapa de cena, pois que em cenas diferentes haverá recursos e objetos diferentes. As principais marcações que um mapa de palco (espaço cênico) para contação de história deve conter são:
- Localização dos objetos;
- Entradas e saídas;
- Frente e fundo do espaço;
- Localização de cenários fixos e móveis

Um ponto importante é assinalar onde será a frente e o fundo do palco. Quando não houver fundo, pontos de referência. Isso se deve porque nem sempre é o ator que fica responsável pela disposição dos objetos e recursos sobre o palco. Algumas vezes, a preparação é feita com antecedência enquanto o ator contador de histórias apenas se preocupa em seu aquecimento e concentração. Os auxiliares, contrarregras e amigos podem assumir essa tarefa por diversos motivos, tais como:
- Falta de tempo devido o narrador chegar quase no horário da apresentação por ter outros compromissos;
- Ter mais de um evento no mesmo espaço e se tenha um contrarregra geral.
Nesses casos, e outros que possam ocorrer, ter um mapa de palco, de luz e de som ajudarão a tranquilizar o contador de histórias e a produção.
Mapas de som e luz
Obviamente, os mapas de som e luz, que podemos encontrar com o nome de “Rider Técnico” dado ao conjunto geral dos recursos, vão mostrar onde cada equipamento de som (microfone, pedestal, caixas, tomadas) e que recursos de luz serão usados. Também haverá um mapa para cenas diferentes, roteiros de luz e som de acordo com a marcação do narrador em determinados momentos do espetáculo.
No mapa de luz poderemos anotar de forma geral, o que precisaremos ao longo do espetáculo, sem citar que luz entrará em que momento, apenas para que o técnico de luz prepare e providencie as necessidades do evento. Já no roteiro de luz, explicaremos cena a cena, com marcações nas falas, ou sonoplastia (deixas de texto, ou sonoras) quando cada luz entra e saí e de que forma.

No mapa de som iremos elencar todo o equipamento necessário e o que irá sobre o palco, assinalando a localização exata de cada um. Assim como na iluminação, um roteiro de som mostrará em que momento cada recurso entrará com as deixas necessárias.

Os mapas fazem parte de uma contação mais elaborada, em que haja tanto a disponibilidade de recursos, a necessidade de usá-los,bem como profissionais disponíveis: técnicos de luz e som; operador de luz e som; contrarregra; produtor artístico, entre outros.
Adaptar os mapas às necessidades de cada contação, espaços e estio do contador fará com que os desenhos sejam mais simples e, na maioria dos casos, sem a necessidade de outros profissionais.
Ao final da aula, mais informações para a criação do plano de uma contação de história. Os detalhes, tais como texto, formato e como enviar para sua avaliação final estarão na “rota de aprendizagem” .(os exercícios, plano de aula e vídeos são exclusivos para alunos do curso.)
O Artigo acima faz parte integral do “Curso de Contação de Histórias” da Cia ArtePalco. Não pode ser reproduzido, copiado, ou utilizado sem prévia autorização.
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